Páginas

2013, em que investir?

Após o sufoco financeiro de começo de ano, o país tem uma série de opções de investimentos para acumular dinheiro, que ficam bem próximas do que já  comentamos aqui no $TUTU, de como realizar esses investimentos.Quem quer ter um ano de 2013 e os seguintes mais planejados e com mais dinheiro, deve começar a investir desde já.
O superintendente-executivo de gestão de patrimônio do HSBC, Gilberto Poso, explica que há uma série de investimentos disponíveis no país, mas lembra que, para sobrar dinheiro para investir, a pessoa também precisa se organizar. “Não é preciso cortar tudo. Basta planejar um pouco melhor. Por exemplo, viagens de férias negociadas com seis meses de antecedência tendem a ser mais baratas. Presentes, que tal comprar alguns a mais numa liquidação e guardá-los?”, exemplifica.Quanto a tipos de investimentos, por exemplo, as vendas de títulos públicos por meio do programa Tesouro Direto somaram R$ 616 milhões em janeiro deste ano e, com isso, bateram novo recorde histórico mensal. Papéis públicos atrelados à inflação (NTN-Bs) têm tido um retorno superior ao dos juros de mercado, mas Poso faz algumas ponderações. “O maior problema é a oscilação que o investidor não percebe. Se compra um título longo, está sujeito a variações elevadas em suas aplicações.Como ele não faz a conta diariamente, não percebe o nível de risco. Os fundos têm potencial igual ou melhor para valores intermediários e elevados”, explica.


Renda fixa O Copom (Comitê de Política Monetária) surpreendeu a muitos especialistas na quarta-feira quando baixou a  taxa básica de juros, a Selic, para 9,75% ao ano. A redução foi de 0,75 ponto percentual.O mercado financeiro esperava a Selic de apenas um dígito só próximo no fim de ano. É a primeira vez que a taxa atinge um dígito em quase dois anos, desde abril de 2010, quando estava em 9,5%.Com isso, as aplicações de renda fixa tendem a ficar menos atrativas no Brasil, já que por causa dos impostos e taxa de administração seu custo fica muito elevado. Para o diretor da Faculdade de Administração da FAAP e do FAAP-MBA, Tharcisio Souza Santos, a renda fixa continua valendo a pena, mas há um limite. “Com a Selic abaixo de 9% a casa caiu, renda fixa não compensaria mais”, diz.
Fundos ou títulos atrelados à inflação podem ser uma   boa pedida nesse momento de queda da Selic.
Cenário atual é mais favorável para a bolsa
A bolsa caiu 18% no ano passado, mas o Ibovespa (principal índice da bolsa paulista) já subiu neste ano 16,32% com a melhora de alguns indicadores econômicos nacionais e internacionais. Nos EUA, o desemprego diminuiu e há pequena melhora no setor imobiliário. A China divulgou que está em ritmo de desaceleração na busca por mudar seu  modelo de desenvolvimento para privilegiar o consumo interno, mas mesmo assim espera crescer 7,5% em 2012. Na Europa ainda há sérios riscos de calote em países como Grécia e Portugal, mas a ajuda do Banco Central Europeu reduziu o custo de financiamento dos países.O Brasil atualmente tem investimentos em infraestrutura em alta e os juros estão em queda, o que também favorece os investimentos de renda variável da bolsa.Para o analista chefe da Gradual investimentos, Paulo Esteves, esses fatores devem a ajudar a bolsa neste ano. “Tudo leva a crer que os balanços das empresas serão melhores este ano. A inflação também deve ser menor, por volta de 5%, o que deve trazer a volta do crédito mais forte. A alta do salário mínimo também causará o  crescimento da renda da população, ajudando as empresas de consumo”, diz.Com isso, ele indica como boas opções de investimento este ano as  construtoras, concessionárias rodoviárias, empresas de infraestrutura e empresas voltadas para o consumo interno.Como opções mais conservadoras ou para  quem pensa em aposentadoria, as ações mais indicadas são empresas que pagam altos dividendos, como as de energia elétrica, companhias de infraestrutura e outras voltadas para o consumo interno, como bancos.

Fonte: REINALDO CHAVES/AGÊNCIA BOM DIA (Adaptado).